segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O 7º maior vencedor da história*

* Por Rodrigo Mattar


Sebastian Vettel caminha a passos largos para se tornar o tricampeão mundial mais jovem da história da Fórmula 1. Hoje, num GP da Índia bastante monótono, onde somente algumas manobras de ultrapassagem se salvaram, o piloto alemão da Red Bull desempatou a estatística que o deixava em igualdade com Jim Clark e Niki Lauda e agora é o 7º maior vencedor de todos os tempos na categoria máxima do automobilismo.

E foi uma vitória totalmente ao estilo Vettel. Pole position e liderança do início ao fim. E os outros que se virassem para acompanhá-lo ao pódio e quem fez por onde foi Fernando Alonso, que ainda sonha em reverter a fase estrondosa do rival, que lhe rendeu quatro vitórias consecutivas. “Don” Alonso partiu pra dentro da dupla da McLaren, passou Hamilton primeiro e depois Button, garantindo pelo menos o 3º lugar. Mas como o KERS do carro de Mark Webber resolveu tirar uma folga e deixou de funcionar, o espanhol mandou bala no acelerador e com a ajuda do DRS ganhou a segunda posição.

Mas no ritmo que a coisa vai, é provável que o Mundial não seja decidido no Brasil. Alonso tem 13 pontos de desvantagem para Vettel. Supondo que o alemão continue a sanha vencedora e o espanhol fique em segundo, o título será decidido no GP dos EUA, na nova pista texana de Austin.

Fora do pódio, a McLaren somou um quarto e um quinto lugares, respectivamente com Hamilton e Button. A equipe britânica, que marcou 45 pontos nas últimas três corridas, foi superada pela Ferrari na vice-liderança do Mundial de Construtores e tenta uma recuperação fundamental para receber na fatia do bolo da FOM a bagatela de € 15 milhões a mais (R$ 40 milhões). Que coisa, não?

Felipe Massa fez o que deu: chegou em 6º, se mantendo após o seu único pit stop à frente de Kimi Räikkönen, que continua às voltas com uma Lotus cada vez mais deficiente. Nico Hülkenberg destacou-se de novo: foi oitavo com a Force India, seguido por Romain Grosjean – que andou muito bem (e não bateu em ninguém) e Bruno Senna, que salvou a honra da Williams com o último pontinho do dia.

Desempenho medíocre da Mercedes – mais uma vez – deixou Rosberg fora dos pontos. Schumacher, que levou uma volta e foi investigado por ignorar bandeiras azuis (que fase!), recolheu. Paul Di Resta e Kamui Kobayashi foram outras decepções do GP da Índia, totalmente apagados. Sergio Perez, que teve um pneu furado logo no começo, parece ter sentido o “efeito McLaren”. Abandonou e não deixou saudades.

Quem também não vai deixar saudades é esse GP da Índia. Corrida bem chata, sonolenta. Alguma coisa precisa ser feita. Nem a questão dos pneus fabricados pela Pirelli “a pedidos” de Bernie Ecclestone – o aniversariante do dia, completando 82 anos – ajudou.


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