quarta-feira, 25 de abril de 2012

A GRANDE PERDEDORA*


* Por Ivan Capelli


O equilíbrio vem sendo a marca da temporada 2012 da Fórmula 1. As equipes estão tão próximas que as oscilações normais de performance entre um circuito e outro são suficientes para jogar um time da ponta para o segundo pelotão. Com isso, ainda não há uma hierarquia clara. McLaren, Ferrari, Mercedes e Red Bull ganharam as quatro primeiras provas do ano, mas tanto Lotus quanto Sauber também estiveram próximas da vitória. Com isso, fica claro que estamos em um campeonato de regularidade e que qualquer ponto pode fazer muita diferença no fim do ano.

E aí, colocando em perspectiva as primeiras provas do ano, fica claro que a grande perdedora deste primeiro quinto de campeonato foi a McLaren. De todos os times, foi o que mais vezes apareceu na frente e teve condições de vencer praticamente todas as corridas. Foram duas poles e três primeiras filas em quatro corridas, mas que se converteram em apenas uma vitória. Os motivos foram os mais diversos: bobagem de piloto, quebras e até erros absurdos nos pit stops, pouco comuns na história da McLaren. A sequência de pit stops terríveis com Hamilton no Bahrein foi inacreditável, assim como uma desastrosa troca de pneus tirou de Button qualquer chance de vitória na China. Ontem, em Sakhir, dois dos três piores pit stops da corrida foram da McLaren.

O tour oceânico-asiático da Fórmula 1 se encerrou com a Red Bull na frente entre os construtores e com Vettel na liderança entre os pilotos, quando a lógica diz que a McLaren é quem deveria estar chegando de volta à Europa com vantagem. Uma gigantesca oportunidade foi desperdiçada, mas isso não significa que a equipe seja carta fora do baralho. Hamilton é segundo no campeonato, Button é o quarto, todos eles muito próximos da ponta da tabela. Pilotos, dinheiro e estrutura ela tem. Um carro vencedor, também. Não deve é se deixar abater pelas chances perdidas e ser mais competente, como de hábito é.

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