segunda-feira, 2 de agosto de 2010

PILOTOS: MARIO ANDRETTI

Mario Gabrielle Andretti (28 de fevereiro de 1940, Montona d'Istria, Itália, que hoje é a cidade de Motovun, na Croácia) é uma das maiores lendas do automobilismo dos Estados Unidos, e um dos poucos pilotos americanos a obter sucesso também no exterior: foi campeão mundial de Fórmula 1 em 1978.

A província de Istria, que estava sob domínio italiano desde a Primeira Guerra Mundial, foi anexada pela Iugoslávia após a Segunda Guerra Mundial e, como muitas outras famílias da região, os Andretti se exilaram em 1948. Na cidade italiana de Ancona, Mario teve seu primeiro contato com um carro de corridas - um Fórmula Júnior. A família partiu para os Estados Unidos em 1955. Conforme informação presente no The Official Andretti Family Website, foi então que Mario começou sua carreira automobilística - em 1959, aos 19 anos, Mario e seu irmão gêmeo Aldo prepararam um carro de stock car e começaram a disputar corridas em um circuito oval amador de terra batida que ficava quase no quintal de casa, na cidade de Nazareth. Logo nas quatro primeiras provas, cada um dos gêmeos obteve duas vitórias. Nos anos seguintes, ainda correndo em pistas de terra, Mario pilotou sprint cars e midgets.

Em 1964, Mario se naturalizou norte-americano, e no mesmo ano estreou no campeonato da USAC, uma categoria precursora da Fórmula Indy. Em 1965 obteve sua primeira vitória, no Hoosier Grand Prix, foi o terceiro colocado nas 500 Milhas de Indianápolis, e sagrou-se campeão da categoria. No ano seguinte foi campeão outra vez. A primeira (e única) vitória na prova mais tradicional do automobilismo mundial veio em 1969, ano em que também conquistou o tricampeonato.

O primeiro contato de Andretti com a Fórmula 1 foi em 1965, quando conheceu Colin Chapman, dono da equipe Lotus, que estava disputando as 500 Milhas de Indianápolis com o piloto escocês Jim Clark. O ítalo-americano revelou seu interesse em disputar a categoria maior do automobilismo mundial e ouviu de Chapman: "quando estiver pronto, me avise". Em 1968 Andretti considerou que estava pronto, e estreou na categoria fazendo a pole position para o Grande Prêmio dos Estados Unidos em Watkins Glen.

Durante alguns anos, Andretti manteve sua carreira concentrada nos Estados Unidos e disputou corridas de Fórmula 1 apenas esporadicamente com as equipes March, Lotus e Ferrari. Sua primeira vitória aconteceu na estréia com a equipe italiana, no Grande Prêmio da África do Sul de 1971. Só em 1975 Andretti finalmente disputou uma temporada inteira de Fórmula 1, pela equipe americana Parnelli --- ainda assim, faltou a duas corridas. Em 1976, após a desistência da equipe americana de disputar a Fórmula 1, Andretti assinou contrato com a Lotus e participou do desenvolvimento dos Lotus 78 e 79, os carros-asa, que lhe deram o título de 1978 com seis vitórias. A vitória do campeonato, porém, foi parcialmente ofuscada pela morte do companheiro de equipe de Mario, Ronnie Peterson, no Grande Prêmio da Itália.


Nos anos seguintes, Andretti não teve mais vitórias na Fórmula 1. Depois de dois anos de pouco desenvolvimento na Lotus, partiu para a equipe da Alfa Romeo em 1981 para mais uma temporada fracassada. Em 1982, disputou uma prova para a Williams depois que Carlos Reutemann abandonou a categoria abruptamente, e nas duas últimas provas do ano substituiu na Ferrari o francês Didier Pironi, seriamente ferido em um acidente nos treinos para o Grande Prêmio da Alemanha. No GP da Itália, fez a pole-position e terminou em terceiro lugar.

Sem maiores esperanças na Fórmula 1, Andretti voltou suas atenções para o campeonato de Fórmula Indy a partir de 1982 e em 1984 foi campeão pela quarta vez na categoria.



Desde a época dos circuitos de terra, Andretti adquiriu fama de ser rápido em qualquer categoria. Correndo com stock cars e esporte-protótipos, venceu as 12 Horas de Sebring em 1967, 1970 e 1972, ano em que também venceu as 24 Horas de Daytona.

Andretti disputou as 24 Horas de Le Mans em quatro décadas diferentes. Em 1966 e 1967 pilotou o lendário Ford GT40 mas não terminou a prova em nenhuma das ocasiões. Em outras sete tentativas após estas, foi o terceiro colocado em 1983 e segundo em 1995. A última aparição de Andretti nas 24 Horas de Le Mans foi em 2000, ao volante de um Panoz LMP-1 Roadster-S.

Apesar da vitória em 1969, Mario sempre colecionou decepções nas 500 Milhas de Indianápolis, prova que só conseguiu terminar cinco vezes. Em 1981, chegou a ser declarado vencedor após a desclassificação do primeiro colocado Bobby Unser por ultrapassagem sob bandeira amarela, mas a equipe Penske de Unser recorreu e, quatro meses depois, a desclassificação foi substituída por uma multa.


Em 1985 assumiu a liderança da prova quando o então líder Danny Sullivan rodou sozinho - mas, em manobra histórica, Sullivan conseguiu controlar o carro, trocou os pneus, e em poucas voltas retomou a liderança. Em 1992 Mario sofreu um grave acidente nas 500 Milhas que lhe quebrou os tornozelos.

Em 2003, fazendo um teste de pneus para a equipe de seu filho Michael durante os treinos para as 500 Milhas, aos 63 anos, Mario passou por cima de detritos do carro de Kenny Bräck, que acabara de bater, e isso fez seu carro levantar vôo a aproximadamente 360 km/h. O carro deu duas cambalhotas para trás e, por sorte, caiu com o assoalho no chão. Os ferimentos foram insignificantes, mas o susto foi enorme o suficiente para fazer Mario Andretti pendurar o capacete e se aposentar em definitivo como piloto.

Pioneiro de uma dinastia de pilotos, Mario hoje atua como um consultor eventual na equipe Andretti-Green de Fórmula Indy do seu filho Michael, que tem entre seus pilotos o filho de Michael, Marco. Também é vice-diretor de uma vinícola chamada "Andretti Winery" em Napa Valley, na Califórnia.

3 comentários:

Rodrigo Lopes disse...

Cara mais arrogante que já vi... parece que ser ídolo para ele é um saco... :-/

Marcos - Blog da GGOO disse...

Ai, como vc é chato, só pq viu o cara de pertinho, pessoalmente, lá nas 500 milhas desse ano....chato vc viu....[pontinha de inveja mode off]
Aaaahhh, obrigado por fazer a "ponte" pro Roque do meu presente de niver, a camiseta é animal de linda.
Valeu!!

Igor * @fizomeu disse...

o melhor da familia...